Mídia internacional critica a McLaren: "Autodestruição recorde"

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Mídia internacional critica a McLaren: Autodestruição recorde
2 de setembro no 03:33
  • Matt Gretton

A Itália acordou nas nuvens. Ferrari e Charles Leclerc se destacaram no domingo, vencendo o Grande Prêmio da Itália diante de Tifosi frenéticos. A impressionante vitória em casa foi elogiada pela mídia internacional, mas, ao mesmo tempo, eles perceberam que a McLaren deixou escapar uma vitória quase certa. Confira o que a imprensa internacional tinha a dizer após a corrida em Monza.

La Gazzetta dello Sport

O jornal italiano começa com elogios a Leclerc, que venceu pela segunda vez em Monza. O monegasco também venceu a corrida em casa da Ferrari em 2019. "Mas então ele tinha acabado de chegar à Ferrari, acompanhado pela imprudência de alguém que não tinha nada a perder. Desta vez, ele triunfou de uma maneira muito mais deliberada, com uma escolha estratégica que exigiu imaginação e coragem para concebê-la (junto com seus engenheiros), mas que não poderia ser feita sem um piloto de ponta, capaz de concretizá-la e vencer com lucidez e excelente gerenciamento de pneus".

"Monza confirmou todas as deficiências filosóficas da McLaren diante de um campeonato mundial que pode e - dado o valor atual de seu carro e os problemas da Red Bull - talvez deva ser vencido. A equipe vem se atrapalhando há meses e não conseguiu aproveitar as oportunidades que surgiram. Ver Piastri passar por Norris na primeira volta (também perdendo a posição para Leclerc) e não deixá-lo assumir o segundo lugar na última volta é um exemplo de autodestruição verdadeiramente recorde. É irritante impor ordens de equipe, mas perder títulos que podem ser conquistados é certamente muito pior".

Marca

"A Ferrari jogou com um carro superior ao da McLaren e deu uma vitória. Quando a McLaren disse que não havia o número 1 e o número 2 - da boca do chefe de equipe Andrea Stella - foi assim, por incrível que pareça com um título em jogo e um piloto de grande destaque. Talvez Piastri não tenha percebido que Norris é quem pode ganhar o título", escreve o jornal espanhol. "Mas foi 'Norriscidio' em Monza porque ele não deu prioridade às opções de Lando, e isso pode lhe custar caro na luta pelo título. Ele está no caminho certo para repetir o que aconteceu em 2007: jogar fora o título com o melhor carro. Veremos se ele também não repetirá as brigas internas".

The Guardian

O jornal britânico The Guardian compara a situação na McLaren com as cenas vistas em um aclamado filme de guerra. "Se a fumaça dos sinalizadores dava à cena um ar de Apocalypse Now, para a McLaren, cujos pilotos Oscar Piastri e Lando Norris foram derrotados em segundo e terceiro por Leclerc, seus rostos abatidos diziam tudo: o horror, o horror...", o jornal cita um trecho do filme.

"A chance de uma dobradinha havia escapado por entre os dedos e, pior ainda, as esperanças de Norris de fazer uma diferença considerável na liderança do campeonato de Max Verstappentambém foram por água abaixo. Se ele conseguir levar o título até o fim, as decisões da McLaren em Monza estarão sob intenso escrutínio".

AS

O AS da Espanha fala de nada menos que "harakiri" (palavra japonesa para uma forma tradicional de suicídio) na McLaren. O jornal não entende por que a McLaren permitiu que Piastri fizesse um segundo pit stop e, assim, deixou escapar uma vitória certa. "Sob pressão de Leclerc, ele teve que fazer uma segunda parada. Os retardatários também pararam e isso forçou a McLaren a cometer o maior erro: Piastri tinha uma grande vantagem, mas mesmo assim foi solicitado a fazer sua segunda parada na volta 39 de 53, forçando-o a recuperar quase 15 segundos em 14 voltas. A simulação deveria ter dado ao MCL38 uma vantagem de dois segundos por volta nessas condições".